sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Poema do sonho



Olhinhos fechados
Papai do Céu velando
A criança dorme
E ri e brinca no sonho
Quer ser uma fadinha
Para florir o jardim
Correr ao vento
Dentro dos girassóis
Flip, flip, flop
Com sua varinha
Fazer um arco-íris
Pois tem medo de chuva
E se chegar a noite
Convidar uma estrela
Para enfeitar o teto do quarto
Porque criança não pode
Dormir no escuro...


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O banho da perereca




Na boca dum pote de barro
Uma perereca estira pernas e coxas dianteiras
Ploc,  ploc, ploc... Espirra água nas paredes do pote
“Vou lavar a barriguinha!”
Arrasta o som no silêncio da cozinha
Agita os bracinhos
Ploc, ploc, ploc... As bolhas subindo
Com as batidas das mãozinhas na superfície da água
Resolve brincar de explorador
“Uaauuu! Que águas escuras!”
E mergulha agitando a cabeça
Sleep, sleep... Ouvem-se as nadadeiras
Em movimentos circulares conhecendo o território
Roque... roque... roque
Vibra a perereca
Dentro do pote
Em puro mistério serelepe
Boia um pouquinho
Então salta faceira na boca do pote
E veste o roupão!