terça-feira, 5 de maio de 2015

As flores para mamãe

Foto fonte: http://www.ikids.com.br/wp-content/uploads/2014/10/desenho-de-joaninha.jpg


Uma pequena joaninha resolveu, numa manhã de maio, comprar flores para sua mãe.
Quando chegou na floricultura só tinham margaridas.
–  Mas eu queria rosas! –  falou quase chorando a joaninha. –  Eu queria dar uma linda rosa vermelha para minha mãe!
–  Que pena! –  disse a florista. – Mas tenho uma ideia: leve um buquê de margaridas.
E a joaninha saiu com muitas margaridas nas mãozinhas.
– Iupi! Mamãe vai colocar estas flores na sala e todos vão ver meu presente! – articulou a joaninha toda feliz. 

quinta-feira, 6 de março de 2014

A lagarta que viu o sol

Foto Google

Era uma lagarta pequena, pequena, que morava na mangueira.  Vivia presa ao tronco para ficar perto das outras. Mas à noite, sempre passeava dentro de uma folha, que fosse linda e aconchegante e sustentada por um galho bem viçoso. 
Realmente do que ela mais gostava era de uma folha macia, como um tapete novo, para acamar os pares de patinhas.  Seus pelos eram grandes e brancos que ficavam cuidadosamente em pé, como para esconder um pouco do verde da pele.
Durante as noites, sentava-se no meio de uma folha, espichava mais ainda os pelos, esperando que ficassem como espinhos sedosos, talvez por isso fossem frágeis. E, após comer um pedaço da folha em que estava (Haveria comida melhor? Não conhecia.), suspirava e caminhava: patinhas para um lado, patinhas para outro lado... Era uma graça!
Quando enchia a barriguinha, deixava-se ficar dentro de uma folha... O sorriso largo no rosto, conversando com as outras lagartas. E ficava quieta, ouvindo o nascer do dia, quando assim caminhava até o tronco da mangueira com seu grupo de amigas.
Então, houve uma noite que passou veloz e trouxe o dia num piscar de olhos... E a lagarta ficou um pouquinho mais deitada na folha...
_ Esta folha tão boa! Vou dormir só mais um minutinho...!
E ficou mais tarde... Há como o sol chegou quente!... Alguns galhos sem folhas deixaram passar os raios... Que vieram como filetes brancos, bulindo em todos os lugares... Seguiram pelas folhas que estava a lagarta (bem encolhida comprazendo-se da maciez de uma folha...) e foram aquecendo-a... Que seus pelos ficaram como fogo...
A lagarta esticou as patas de súbito: quase caiu da folha!
Por sorte, seus pelos ajudaram-na a ficar presa (quem os tocasse veria um líquido muito viscoso)... E ela levantou os olhos: tons de madeira, de galhos secos... e assustados... sem compreender...
_ Fogo, fogo, fogo...
Suas patinhas sob um corpo mole voltaram para o caminho do tronco. Os olhos corriam de um espaço a outro, buscando um percurso mais curto. E ela se foi, rebolando, rebolando, erguendo bem os pelos, sobre o tórax.
Se ela detestou o sol? Ela corria rápido, pelo medo dos raios do sol. Mas podia-se ver o brilho reluzente nos pelos sedosos, como se soltassem fogo.

E já de volta ao tronco, vagarosamente a lagarta foi se acalmando e deitou-se quieta. 

sábado, 23 de novembro de 2013

O vestido da joaninha

                              Foto: Rejane Chica

Todo vermelho
Todo vermelho
Oh, olha as pintinhas pretas!
E nunca ninguém usou
Vestido mais belo assim!
Ah, dona joaninha
É por isso que a senhora caminha
Numa beleza de balanço
Em cores vistosas!
Quantos, quantos insetos
Andam na fila
Gritando em poema:
“É tão estampadinha”?
Ah, que com esse vestidinho
Não posso disfarçar meu amor.





quinta-feira, 23 de junho de 2011

O gato e rato


Certa vez
Um jovem rato
Achou comida num prato

E muito comeu!

Mas o gato
Que era astuto
Teve uma ideia:

Iria jantar
Um rato bem
Gordinho!

E foi corrida
De gato e rato
Por toda a noite.

Até que perdeu a graça
E foram dormir.

sábado, 11 de junho de 2011

A joaninha e a margarida


Era uma vez uma joaninha
de capa vermelha com bolinhas pretas

Vivia sozinha num pomar
E não tinha com quem conversar

As irmãs casaram
Os pais voltaram para o interior

Sábados e domingos
Ficava quieta dormindo

Então, numa noite sem sono
Perambulou por um jardim

Foi assim que descobriu uma amiga
A linda flor margarida

domingo, 16 de janeiro de 2011

A dança da lagartixa





A lagartixa quando dança
Vira a cabeça para um lado e outro
Oba
A lagartixa quando dança
Ergue os bracinhos para o alto
Oba
A lagartixa quando dança
Remexe o corpo num rebolado
Oba
A lagartixa quando dança
Junta os pezinhos e dá um salto
Oba
A lagartixa quando dança
Não bate palmas, mas sobe nas paredes
Ó... pa!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Felicidade

Num largo abraço do olhar, quase a voar
nas asas adolescentes do dia, a criança,
mistura-se nos tecidos do mar.

As águas cheias de viagem
noticiam  palavras do vento,
quando nos caminhos do céu ,
 passa uma gaivota.

É como um anúncio de felicidade...