sábado, 15 de maio de 2010

Foto Google
Coelhinho Branco

O mato molhado suja-lhe as patinhas
brancas sobre o dia nascente
são nuvens de algodão
presas no corpinho pequeno
bre, bre, bre
bebendo da água do capim
(abana a cabecinha endireitando
o pensamento para explicar à mãe)
pula cuidadoso para lá e para cá
acende o rabinho
e o vento afetuoso
sobe-lhe pelas empinadas orelhas
esquiva-se de uma florzinha
de boca sorrindente
(podia lamber-lhe o pelo
e tingi-lo de lilás)
subitamente os olhos verde-cinza param
no ar murmurante da manhã
voa um passarinho
feito alma de poeta
empurrando um gorgeio
no céu cheio de sol
assustado o coelhinho
volta para casa.

Um comentário:

Dalinha Catunda disse...

Olá Tersa Cristina,
Passei para ver as novidades, amei o coelhinho!
Também gosto de vesejar sobre aves, bichos e plantas.
Beijos,
Dalinha